terça-feira, 3 de julho de 2007

MOTOCICLISMO FORA DA ESTRADA

O motociclismo fora da estrada surgiu em meados dos anos 1920, na Inglaterra. O que é hoje conhecido como motocross, era então conhecido como “SCRAMBLING”. A primeira prova ocorreu em 1926 em Lamberley, Surrey no Reino Unido.
No Brasil o motocross passou por fases gloriosas, com grandes eventos e patrocinadores. Em meados de 1985, um patrocinador trouxe dois pilotos norte americanos, Rodney Smith e Kenny Keylon, que com suas pilotagens radicais mudaram completamente a prática do esporte, já que os brasileiros tinham um estilo europeu na tocada da moto.
Hoje a prática desse esporte tem suas subdivisões sendo, motocross, supercross e enduro. O motocross é disputado em circuito fechado com pista de terra ou areia. A pista deverá ter um percurso entre 1,4 quilômetro e 3 quilômetros de comprimento e uma largura entre 6 metros e 10 metros. A pista é composta por obstáculos, rampas, aclives, declives, buracos, costelas (sucessão de rampas de menor tamanho). O Motocross é disputado na forma de bateria, onde uma bateria no Campeonato Brasileiro tem a duração de 30 minutos mais duas voltas na pista. As categorias são compostas pela cilindrada da moto, 450 cc (MX1), 250 cc (MX2), 85 cc e 65 cc.
O supercross, também é disputado em circuito fechado com pista de terra ou areia. A pista também é composta por obstáculos iguais ao motocross, a diferença é no tamanho do percurso, no supercross a pista é menor, não havendo retas longas sem obstáculos, e os obstáculos são mais próximos uns dos outros. As categorias também são compostas pela cilindrada da moto 450 cc (SX1), 250 (SX2), 85 cc e 65 cc. O supercross também é disputa em forma de baterias, onde uma bateria do Campeonato Brasileiro tem a duração de 15 minutos mais uma volta na pista.
O enduro, é disputado em circuito aberto, geralmente começa no centro de uma cidade e se dirige para o interior por trilhas abertas nas matas e estradas de chão. O enduro tem como principal característica à regularidade, ao contrário das outras duas modalidades onde ganha quem andar mais rápido, aqui o piloto tem que fazer tudo conforme a planilha da prova orienta, tendo que acelerar na hora certa e reduzir no tempo certo para passar nos Pontos de Controle (PC) no tempo ideal. Aqui os obstáculos são naturais, riachos, aclives, declives, árvores, etc. Algumas provas de enduro podem durar em algumas horas e outras podem durar dias, dependendo do seu percurso. Exemplos de enduros temos: Paris Dakar, Rally dos Sertões, enduro da Independência.
Essas modalidades esportivas vêm numa crescente em nosso país, quando a uma disputa nacional ou estadual, temos uma grande procura por seus praticantes, que se deslocam centenas de quilômetros para poderem competir no esporte que lhes atrai. Proporcionando verdadeiras batalhas dentro do percurso. Mas são batalhas saudáveis, que fazem com que o seu praticante obtenha todos os benefícios da atividade física no seu organismo. Por serem esportes a motor e radicais, desencadeiam outras sensações indescritíveis no organismo, e isso só praticando para conseguir entender tal efeito. Hoje um grande público prestigia as provas ao vivo e quando não tem essa oportunidade pode assistir pela televisão em canais fechados (infelizmente).
O Brasil hoje conta um piloto no maior campeonato de motocross do mundo, o motocross norte-americano, nosso representante é Antônio Jorge Balbi Jr, campeão brasileiro em várias categorias, Balbi vem se destacando no motocross mundial há dois anos. Outros pilotos que tem respaldo nacional e grande carisma com o público que acompanham esses esportes são, João Paulino da Silva Jr. (Marronzinho) atual Bicampeão Brasileiro da categoria MX1, o paranaense Leandro Nunes Silva (Nando), Campeão Brasileiro da Categoria MX2, Cristopher Castro (Pipo) Bicampeão Brasileiro de Arena Cross (similiar ao Supercross) e o paranaense Jonathan Menegasso grande revelação do motocross MX2 e supercross SX2, nos estados do Paraná e Santa Catarina e a mais nova sensação brasileira Wellington Garcia, atual líder do campeonato nacional nas categorias MX1 e MX2. Wellington corre com uma moto 250cc nas duas categorias. Então, quando tiver oportunidade de assistir uma dessas modalidades ao vivo ou pela televisão, não perca, pois certamente verá um show que estas feras proporcionam e se puder praticar algum dia experimente que não se arrependerá. Eu garanto. Boa corrida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens pelo artigo, estamos precisando de boas fontes de informação.
Sucesso!!!!!
Denise